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25 de fevereiro de 2013 - 22:46

Telemarketing-aposta-na-mao-de-obra-da-3-idade-para-melhorar-servicos-televendas-cobranca-oficial

‘Não faltam, não atrasam, se dedicam mais’, explica gerente de RH.

Convênios de saúde e odontológico atraem quem tem mais de 60 anos.

Conhecido por empregar principalmente jovens na situação do primeiro emprego, o setor de telemarketing está em busca de profissionais da terceira idade. Maturidade e comprometimento estão entre as razões para que as empresas invistam neste perfil. Para trabalhar como operador, função que emprega a maior parte dos funcionários no setor, não é preciso experiência. Isso estimula quem está a procura de uma recolocação profissional já em idade avançada ou quem quer se manter ativo após a aposentadoria.

Trabalhar no setor de telemarketing é garantia de benefícios que ajudam no orçamento familiar para quem está na terceira idade, como assistência médica e odontológica. A média de salário para a função de operador é de R$ 700, mas é possível fazer plano de carreira na empresa e conseguir remuneração de até R$ 5 mil no cargo de coordenador de atendimento. As empresas também oferecem cursos gratuitos de capacitação, desenvolvimento de funcionários para cargos de gestão e programa de recrutamento interno que possibilita desenvolvimento de carreira.

Uma empresa de contact center instalada em Campinas (SP) possui no quadro de funcionários 124 pessoas com mais de 45 anos, sendo que 11 estão acima dos 60 anos. O operador Virgílio Amaral tem 53 anos e garante que disposição não falta para se manter em três empregos, entre eles em uma empresa de contact center instalada em Campinas (SP). Além de trabalhar em um escritório de advocacia e em uma Organização Não Governamental (ONG), ele divide o tempo no trabalho com telemarketing.

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A aposentada Ruti Amaral não pensa em parar de trabalhar. Ela trabalha com atendimento ao cliente há nove meses e diz que já se adaptou à nova rotina, mesmo aos 62 anos. “Não dá pra parar. A gente para no tempo… Deprime, falta dinheiro, falta tudo…”, explica a aposentada.

Mara Lima também trabalhava como operadora, mas conseguiu se destacar e foi promovida para a função de monitora de qualidade. Para conseguir o novo cargo, a disputa foi com pessoas bem mais jovens. “Eu disputei a vaga com 17 pessoas, na maioria todos jovens. Foi prazeroso, porque pude perceber que sou capaz”, ressalta.

A gerente de recursos humanos da Atento, Christina Leon, que possui funcionários nesta faixa etária, explica que os funcionários acima de 45 anos são vantajosos para a empresa porque são mais compromissados com o trabalho. “Eles são habilidosos, pacientes, tranquilos. Não faltam, não atrasam, ficam mais tempo, se dedicam mais”, afirma.

Setor em números

O setor de telemarketing emprega 1,4 milhão de funcionários no Brasil. A maior parte desses trabalhadores é composta de mulheres jovens, no seu primeiro emprego, com ensino médio completo cursado em escola pública. A estimativa do Sindicato Paulista das Empresas de Telemarketing, Marketing Direto e Conexos (Sintelmark) é que o número de empregados mantenha o crescimento anual de 11%, índice parecido ao verificado nos últimos 12 anos.

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De acordo com o Sintelmark, cerca de 550 mil operadores atuam em empresas terceirizadas, sendo 350 mil em São Paulo, enquanto 850 mil trabalham em setores de call center próprios das empresas. Cerca de 45% dos teleoperadores atuam em serviço de atendimento ao cliente (SAC), enquanto 22% trabalham em televendas, 23% em recuperação de crédito e 10% em outras atividades.

As principais funções do setor de contact center são operador, auditor, monitor, supervisor, coordenador de atendimento, gerente operacional, gerente de cobrança, gerente comercial e gerente de tecnologia. Na área de tecnologia da informação das empresas, os principais cargos são de técnico de telecomunicação, técnico em eletrônica, programador da linguagem Java, programador da linguagem DotNet e administrador de redes. Existe ainda a função de assistente administrativo de diversos departamentos, como recursos humanos e financeiro.

As empresas do setor, segundo o Sintelmark e o Sindicato dos Trabalhadores em Telemarketing (Sintratel), têm vagas abertas todas as semanas devido à alta rotatividade, que gira em torno de 7% ao mês. Um dos motivos para o entra e sai é que funcionários usam o emprego como “trampolim” para vagas em outros setores. Outra razão é o mercado aquecido da área, que faz com que as empresas de telemarketing disputem os trabalhadores.

“Tem a situação do jovem que procura o primeiro emprego e depois muda para outra coisa. E tem o aspecto de muita oferta, o empregado joga dentro do próprio setor em busca de carga horária, salário e benefícios melhores”, explica Stan Braz, diretor-presidente executivo do Sintelmark. Stan Braz afirma que o setor de telemarketing respeita a diversidade e não discrimina ninguém na hora de contratar. “O importante é ser maior de 18 anos, ter no mínimo nível médio de escolaridade e saber se comunicar”.

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Comentários (5)
  1. Sou aposentada e preciso urgentemente de um trabalho na área de telemarketing.
    Podem me ajudar por favor?

    Liselotte von Brixen Montzel em 12 de agosto de 2023 - 11:01
  2. Boa tarde

    Gostaria de saber quais Empresas que admitem Telemarketing, para maiores
    de 60 anos.
    Grato

    GILBERTO em 20 de outubro de 2016 - 12:27
  3. É muito importante a valorização da terceira idade, que alia competência com a auto-estima!. Parabéns!

    Cesar Luiz da R. Terra em 09 de junho de 2015 - 23:33
  4. Quem são as empresas que contratam pessoas da terceira idade ?

    Donato Ucha em 26 de fevereiro de 2013 - 09:54
  5. Muito bom, as empresas estão “acordando” para uma realidade que é de descartar os maduros, profissionais experiêntes e prontos, parabéms! Antes tarde… Que continue assim, todos tem á ganhar com certeza. Abraço
    Acadêmico na ESCOOP/RS Faculdade Escola Superior do Cooperativismo. http://www.escoop.edu.br

    Edison Nascimento Webster em 26 de fevereiro de 2013 - 09:27

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